Um tiroteio nesta quinta-feira (20) na zona central de Paris deixou um policial morto e outros dois feridos. O atirador foi atingido pela polícia e também morreu.
A polícia local soltou um alerta para que as pessoas evitem as redondezas da Champs-Elysées, um dos principais cartões postais da cidade.
A área foi isolada e os agentes pediram aos turistas para que retonassem aos hotéis. Estações de metrô foram fechadas e carros de emergência bloqueiam ruas entre o Arco do Triunfo e o jardim Tuileries.
A promotoria abriu ação para investigar terrorismo, embora o ministro do interior tenha afirmado que ainda é muito cedo para identificar o motivo.
Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o ato parece outro atentado terrorista.
"De novo, parece que está acontecendo de novo. (...) É muito, muito terrível. Parece outro ataque terrorista. O que posso dizer? Isto nunca acaba. Temos de nos manter fortes e atentos."
Estado Islâmico
Horas mais tarde, o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque. O autor dos disparos foi identificado como "Abu Youssef, o belga". A informação foi anunciada pela agência de notícia Amaq, ligada ao grupo extremista.
Eleições
O tiroteio levou o presidente François Hollande a convocar uma reunião de emergência para apurar o caso. A proximidade com o primeiro turno das eleições, marcado para domingo (23), acirra ainda mais a disputa.
A depender de quem clamar a autoria do ataque, a candidata Marine Le Pen sai fortalecida. De extrema direita, ela tem um dicurso forte contra migrantes e os islamismo.
Quatro candidatos têm chances reais de vitória. Além de Le Pen, com 21% das intenções de voto, estão fortes na corrida presidencial o independista Emmanuel Macron, com 24,5%,o conservador François Fillon, com 20%, e o esquerdista Jean-Luc Mélenchon, 19%.
Leia mais:
- Por que a primeira-ministra da Inglaterra quer ser... primeira-ministra da Inglaterra
- Como o presidencialismo turco pode ser o sonho de todo governo autoritário