Mãe da atriz Eliza Samudio, Sônia de Fátima Marcelo da Silva de Moura, recorreu contra a soltura de Bruno Fernandes das Dores de Souza, o goleiro Bruno.
O atleta foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, sua ex-namorada, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele foi considerado mandante do crime.
Em fevereiro, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do acusado, em resposta a um habeas corpus. O magistrado decidiu que o goleiro poderia aguardar em liberdade o julgamento de um recurso na Justiça de Minas Gerais.
Bruno estava preso preventivamente e ficou detido 6 anos e 7 meses.
O alteta também foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio. Mas, segundo o advogado, ele já cumpriu essa pena.
No pedido para prender novamente o atleta, Sônia diz que sua liberdade põe em risco sua integridade física e de seu neto, filho de Bruno com Eliza.
"O paciente [goleiro Bruno] não só oferece risco, como também já manifestou seu interesse que colocar as mãos na vítima Bruno Samudio de Souza [filho do goleiro com Eliza] e, teme a embargante [Sônia] que possa ocorrer com seu neto e consigo mesma, o que aconteceu com sua filha, ser morta", diz o texto.
De acordo com Sônia, Bruno é uma "pessoa fria, violenta e dissimulada" e sua personalidade é "desvirtuada" e "foge dos padrões mínimos de normalidade".
A mãe da atriz apresentou o recurso nesta sexta (3) na condição de assistente de acusação, que atua ao lado do Ministério Público no processo contra o goleiro.
Uma semana após a determinação da soltura, nove clubes fizeram propostas ao jogador, sendo dois da série A, de acordo com o advogado do acusado.
Eliza desapareceu em 2010 e o corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.