Um ano depois, a diretora brasileira Anna Muylaert conquistou mais um prêmio no Festival de Berlim, um dos mais importantes do mundo do cinema. Na noite desta sexta-feira (19), o longa Mãe Só Há Uma recebeu um dos troféus da 30ª edição do Teddy Awards, nome dado à mostra independente da Berlinale voltada às produções com temática LGBT.
O prêmio recebido pelo longa brasileira foi o concedido pela revista alemã Männer, voltada ao público gay. O júri foi só elogios, conforme descreveu a publicação.
“O nosso júri disse o seguinte: a diretora, roteirista e produtora Anna Muylaert contou em ‘Mãe Só Há Uma’ uma história inteligente, divertida e maravilhosamente gay sobre identidade e família. Aqueles que nós escolhemos e aqueles que nos escolhem. O filme é bem sucedido nisso, levanta questões interessantes sobre gênero e sexualidade e se mantém acessível e grandiosamente divertido.
O lindo Naomi Nero e a maravilhosa Daniele Nefussi nos papeis principais nos fazem, simultaneamente, rir, chorar e pensar. Acreditamos que um público global estava esperando por um filme como esse”.
O longa Mãe So Há Uma conta a história de um jovem de classe média de 17 anos, Pierre, que se vê diante de um dilema ao saber que foi roubado quando bebê. Aquela que ele pensava ser sua mãe é presa e ele é forçado a mudar de família, casa, escola e até de nome. Ao mesmo tempo em que a sua vida vira de cabeça para baixo, ele começa a sentir os primeiros sinais da sua transexualidade.
Esse é o segundo prêmio que Anna conquista em Berlim em dois anos. No ano passado, o filme Que Horas Ela Volta? venceu o troféu do público, o Panorama.
“Você vir para um festival desse tamanho, ganhar um prêmio de público e voltar no ano seguinte é uma ousadia (...). Acho que o público entendeu que é uma outra poesia, muito mais provocativa do que ‘Horas’. Estou muito feliz”, disse a diretora ao jornalista e crítico de cinema Rodrigo Fonseca, correspondente para o Almanaque Virtual.
Veja todos os vencedores do 30ª Teddy Award:
- Melhor filme / Ficção
Kater (Tomcat), dirigido por Händl Klaus
- Melhor filme / Documentário
Kiki, dirigido por Sara Jordenö
- Prêmio especial do júri
You’ll never be alone (Nunca vas a estar solo), dirigido por Alex Anwandter
- Melhor curta-metragem
Moms on Fire, dirigido por Joanna Rytel
- Prêmio do público
Théo et Hugo dans le même bateau, dirigido por Olivier Ducastel e Jacques Martineau
- Prêmio Männer Magazine
Mãe Só Há Uma, dirigido por Anna Muylaert
- Prêmio Teddy especial
Christine Vachon
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