Um grupo de cientistas da Nasa e da ESA (agência espacial europeia) anunciou que irá desviar a rota dos asteroides Didymos, de cerca de 750 metros de comprimento, e Didymoon, que tem 160 metros e é uma "minilua" do primeiro.
A missão, chamada Aida, consiste em lançar um projétil para atingir o Didymoon e analisar as consequências do impacto na rota do corpo celeste.
Esta é a primeira vez na história que tentamos mudar a trajetória de um satélite "na marra". Trata-se de um típico caso em que a vida imita a arte, já que a Aida é bem parecida com a missão do filme Armageddon, de 1998. Lembra?
Para isso, serão utilizadas duas sondas.
A primeira delas, pertencente à Nasa, chama-se Dart (em português, "dardo"). Ela vai bater com o Didymoon a 22,5 mil quilômetros por hora em 2022, perfurar o asteroide e permanecer alojada em seu núcleo.
A segunda, construída pela ESA, chama-se AIM (em português, "mira"), e tem funções analíticas. Ela vai chegar lá em 2020 e será responsável por analisar a composição dos asteroides e, depois, registrar as alterações na rota dos asteroides causadas pelo Dart.
Contará com um módulo de aterrissagem para o Didymos e dois pequenos satélites para isso.
"Para proteger a Terra de impactos potencialmente perigosos, precisamos entender asteroides muito melhor -- do que são feitos, suas origens e estruturas e como eles respondem a colisões", declarou Patrick Michel, pesquisador da ESA, durante o European Planetary Science Congress.
Pode acontecer: mais de mil asteroides circulam pela nossa vizinhança -- todos potencialmente cataclísmicos. Mas o "armageddon" é um evento bem raro, na verdade.
Segundo a Nasa, um asteroide capaz de causar um desastre global -- como o que acabou com os dinossauros -- teria de ter pelo menos 400 metros de diâmetro -- e esse tipo de evento só acontece a cada 100 mil anos.
Bombando
INSCREVER-SE E SEGUIR NOTÍCIAS
Quero receber por e-mail os conteúdos mais importantes e as histórias que bombaram na semana. Saiba mais